INTERCÂMBIO
NÃO PRECISA
SER COMPLICADO
Muitos deixam de aproveitar grandes oportunidades
por medo. Comece a investir agora mesmo em você,
e descubra realidades enriquecedoras.
O intercâmbio na Irlanda sempre foi visto como um caminho acessível e flexível para quem busca aprender inglês, trabalhar e viver uma experiência internacional. Mas, nos últimos meses, começaram a surgir notícias, debates e rumores sobre mudanças importantes. Manchetes apontando que a Irlanda vai restringir estudantes, fechar escolas ou exigir visto antes da viagem se espalharam rapidamente, e muita gente ficou sem saber o que é verdade, o que é exagero e o que realmente vai impactar a vida dos estudantes.
Quando olhamos para os fatos isolados, tudo parece confuso. Mas quando juntamos as peças, o cenário fica mais claro. E é exatamente isso que este guia faz: organiza todas as informações em um único lugar, de forma direta, leve e sem alarmismo.
Este conteúdo é para quem está planejando viajar, para quem já está no país e também para quem está preocupado com o fim do intercâmbio na Irlanda e as novas regras que estão sendo discutidas. A ideia aqui é simples: clareza, contexto e verdade.
O ponto de partida de todas as mudanças é o número que chamou atenção: cerca de 60 mil estudantes de inglês chegaram ao país em 2024. Para um país pequeno, com uma crise habitacional prolongada e uma estrutura pública pressionada há anos, esse número é muito maior do que a capacidade real.
A Irlanda não está fechando as portas para estudantes. O que ela está fazendo é reorganizar como recebe, quem recebe e em que ritmo recebe. Isso não acontece isoladamente: outros países europeus também estão ajustando suas políticas para lidar com aumento populacional e influxos migratórios.
Por trás dessa movimentação existem três fatores principais que se acumulam há anos.
A falta de moradia é uma das maiores preocupações na Irlanda há pelo menos uma década. Não é um problema que começou agora, nem é causado apenas por estudantes internacionais. A construção de novas casas simplesmente não acompanha a velocidade de chegada de trabalhadores, estudantes e refugiados.
E como construir leva tempo, o governo precisa agir no curto prazo controlando quem entra.
Grandes empresas de tecnologia, farmacêuticas e multinacionais fazem parte da economia irlandesa. Isso atrai milhares de profissionais todos os anos. E onde há profissionais altamente qualificados, geralmente há famílias inteiras chegando juntas.
Isso aumenta o custo de vida, o uso de serviços públicos e a demanda por moradias que não existem.
A guerra entre Rússia e Ucrânia intensificou a chegada de refugiados ao país. Muitos precisam de proteção real; outros chegam sem intenção clara de se integrar. Isso gerou insatisfação na população e ampliou o debate sobre reorganizar a imigração.
Com esses três fatores acumulados, o sistema entrou em sobrecarga — e é por isso que a Irlanda decidiu rever como recebe estudantes.
O tema da acomodação não é novo. A Irlanda enfrenta dificuldades desde antes de 2016, mas a situação se intensificou nos últimos anos. É pura matemática: não há casas suficientes para a população que cresce continuamente.
Quando faltam casas, tudo encarece — quartos, vagas compartilhadas, aluguel privado e até hostels. Estudantes chegam e não encontram acomodação; trabalhadores também não. Famílias tentam se estabelecer e não conseguem.
Para impedir um colapso maior, o governo passou a filtrar com mais cuidado quem entra e como entra.
Esse ponto é central.
A Irlanda percebeu que, para manter a economia funcionando, precisa atrair profissionais que preencham lacunas essenciais em setores estratégicos. Por isso, áreas como engenharia, enfermagem, eletricidade, construção civil, medicina, psicologia e setores técnicos em geral recebem prioridade nas políticas de imigração.
É uma decisão prática: faltam trabalhadores nessas áreas e sobra demanda. O país quer garantir que as pessoas que entram contribuam diretamente para reduzir problemas, não aumentá-los.
Se quiser ver essa explicação detalhada em vídeo, está aqui o conteúdo completo do dia:
Como ficam os estudantes internacionais de inglês
É aqui que surgem as dúvidas.
Os estudantes do ensino superior continuam sendo bem-vindos, porque fazem parte de um sistema mais controlado e menos vulnerável a fraudes. O foco das mudanças está nas escolas de inglês.
E o motivo é simples: os números não fecham.
Com 42 escolas no país, salas de até 15 alunos e dois turnos principais por dia, não há estrutura física para acomodar 60 mil estudantes. Isso mostra que uma parte significativa dos matriculados não frequenta as aulas.
Ou seja: usam a matrícula apenas como forma de ter acesso ao visto de trabalho.
Quando o sistema é usado fora do propósito, a fiscalização aumenta.
• cruzar matrícula com presença real
• auditar a capacidade física das escolas
• fechar escolas de fachada
• impedir renovações de estudantes sem frequência
• limitar novas matrículas para equilibrar o sistema
Isso pode gerar a impressão de falta de vagas, mas não é exatamente isso. O que deve acontecer é a eliminação do excesso acumulado.
Outro ponto que gerou debate foi o aumento da comprovação financeira: passou de 3.000 para 6.665 euros. Mas esse aumento era inevitável.
Até 2012, o valor era de 1.000 euros. Depois subiu para 3.000. Desde então:
• o custo de vida aumentou
• o aluguel subiu
• o salário mínimo subiu
• tudo ficou mais caro
O valor atual representa o mínimo para sustentar seis meses de vida com 20 horas de trabalho semanais. Não é uma barreira para brasileiros — é uma medida para evitar vulnerabilidade econômica.
Uma das discussões mais fortes é exigir que o visto seja solicitado antes do embarque, como fazem Austrália, Nova Zelândia e Malta.
Isso ajudaria a identificar estudantes genuínos antes da chegada.
Por enquanto, nada foi oficializado.
Mas é uma possibilidade real para 2026 em diante.
A segurança sempre foi tema sensível. Dublin registra ataques há mais de uma década. Eles apareceram mais nas notícias recentemente porque alguns casos ganharam repercussão internacional.
Depois disso, houve reforço de policiamento pela Garda.
Hoje:
• ataques existem, mas são menos frequentes
• ocorrem em áreas específicas
• Cork e Limerick têm registros ocasionais
Mesmo assim, a Irlanda continua entre os países mais seguros do mundo.
Dublin é o destino mais conhecido, mas não é o único.
A Irlanda possui muitas cidades com escolas de inglês, muitas oferecendo equilíbrio melhor entre custo, trabalho e qualidade de vida.
Em cidades menores:
• a acomodação é mais barata
• o mercado é menos concorrido
• há mais oportunidades locais
• a experiência é mais acolhedora
Para quem quer economizar ou evitar o ritmo acelerado da capital, faz sentido expandir as opções.
Eu falei mais sobre isso nesse vídeo.
A ideia de que não existe trabalho na Irlanda não corresponde à realidade. O que existe é diferença entre perfis.
Quem chega preparado encontra trabalho mais rapidamente.
Quem chega sem CV adaptado, sem estratégia e aplicando pouco, enfrenta mais dificuldade.
A média realista é enviar cerca de 50 currículos até conseguir a primeira oportunidade.
Com estratégia, essa barreira diminui.
O pior momento foi 2022, quando estudantes chegaram a dormir no aeroporto.
Hoje, ainda é complicado e caro, mas é mais organizado.
O governo segue investindo em políticas habitacionais, mas construção leva tempo.
Até lá, controlar o número de estudantes é uma forma de evitar novos colapsos.
Quando comparamos a capacidade real das escolas com o número de estudantes registrados, fica evidente que algo estava fora do controle.
Algumas escolas aceitavam matrículas sem ter como acomodar alunos. E muitos estudantes se matriculavam apenas para garantir o visto.
A fiscalização deve cortar esse excesso, o que tende a melhorar o cenário — mas causa impacto imediato.
• O país quer reduzir o número de estudantes porque a acomodação não comporta a demanda.
• A fiscalização nas escolas vai aumentar.
• A comprovação financeira subiu porque o custo de vida aumentou.
• Estudantes sem presença podem perder o visto.
• Dublin não é a única opção e muitas vezes não é a melhor.
• O mercado de trabalho continua forte, mas exige preparo.
• O governo avalia exigir visto antes da viagem.
• Profissionais qualificados são prioridade

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