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Por que nenhum irlandês pode reclamar sobre imigração

diasporaEm tempos de Brexit e Donald Trump, uma onda conservadora parece varrer o mundo, tendo a imigração como um dos tópicos mais sensíveis. E como a Irlanda se comporta diante disso? Embora tenha restringido as leis para receber imigrantes, os irlandeses permanecem como um dos países mais abertos e receptivos, chegando ao ponto de admitir 4 mil refugiados sírios, em acordo fechado com a União Europeia. A verdade é que, no fundo, nenhum irlandês pode reclamar sobre imigração. Isso porque emigração e Irlanda estão intimamente unidos.

Para se ter uma ideia, a população irlandesa em 2015 era estimada em 6,4 milhões, sendo 4,5 milhões na República da Irlanda e outros 1,8 milhão na Irlanda do Norte. Ao redor do mundo, 80 milhões de pessoas clamam ter alguma ascendência irlandesa. Isso é 12,5 vezes mais do que o número de residentes na ilha toda atualmente. O motivo é a chamada “Diáspora Irlandesa”, um processo contínuo e acentuado desde a década de 1840.

Foi essa a década da Grande Fome, uma das diversas que castigariam a população ao longo do século. Sob domínio inglês, a população irlandesa subsistia basicamente tendo a batata como principal fonte de alimentação. Uma praga na produção do alimento levou a uma grande fome, que fez com que cerca de 2 milhões de pessoas emigrassem – por falta de alimento, condições ruins de vida ou condenados por crimes. Os principais destinos eram Estados Unidos, Canadá e Austrália.

A emigração na Irlanda, no entanto, já ocorria há muito mais tempo, desde meados do século XVIII. Sua acentuação durante a Grande Fome alterou para sempre a sociedade irlandesa, e o assunto ainda é objeto de estudo e polêmica nos dias atuais. Na época da doença das batatas, a população irlandesa era estimada em 8 milhões de pessoas. Nunca mais chegou aos mesmos patamares desde então.

Emigrantes irlandeses sofreram muito longe de casa – inclusive com preconceito -, e são muitas as músicas famosas por relatar a saudade da terra natal. Mas o processo nunca mais parou. Em 2013, por exemplo, o governo calculou que 250 irlandeses deixaram o país por dia. Os principais jornais locais têm sessões permanentes dedicadas à emigração, com dicas e relatos de pessoas que deixaram sua terra pelos mais variados motivos.

Uma pesquisa recente divulgada pelo Irish Times mostrou o padrão atual do emigrante irlandês: 19% dos que deixaram o país desde 2008 tiveram como principal motivação a busca por um emprego melhor, enquanto que 21% simplesmente buscavam uma mudança de vida. Em especial publicado pelo jornal, ficou claro que, virtualmente, todo irlandês conhece alguém que deixou sua terra. E é por isso que as palavras “emigração” e “Irlanda” têm uma relação tão próxima.

No mesmo especial, uma sul-africana mostrou bem como é a relação dos irlandeses com imigrantes ao explicar: “sinto que a maioria das pessoas é gentil comigo porque espera que estrangeiros como eu sejam gentis com seus parentes e amigos que imigraram”. Parece justo e bem mais humano do que construir muros, reais ou ideológicos.

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Quanto se desperdiça de comida na Irlanda?

O desperdiço de comida é uma realidade cruel em todo o mundo: kilos de alimentos vão para o lixo pelos mais diversos motivos, enquanto que milhares de pessoas passam fome. Na Irlanda, não é diferente. Uma pesquisa realizada pela Ignite Research, o consumidor irlandês desperdiça, em média, €400 em comida por ano, levando em conta ingredientes não usados ou que estragam.

Vegetais, item em abundância na dieta irlandesa, são os mais desperdiçados, por 44% dos entrevistados, seguidos por pães (28%), laticínios (15%) e carne fresca (14%). Somente 13% dos entrevistados declararam não jogar fora comida desperdiçada, uma média bem baixa.

Baseando-se nisso, a rede de supermercados alemã Audi, muito presente na Irlanda, decidiu doar montante semelhante ao desperdiçado para instituições de caridade ligadas ao programa FoodCloud: serão até 500 mil refeições entregues a 172 grupos que atuam contra pobreza e desnutrição no país europeu.

O intercambista também pode fazer a sua parte ao evitar o desperdício de alimentos.

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Governo irlandês atualiza lista de escola e aumenta proteção

O governo irlandês divulgou uma atualização da lista de escolas aptas a receber estudantes estrangeiros para aprender inglês. A fiscalização tem como objetivo criar um padrão e manter critérios cada vez mais rígidos, tais quais o número de alunos por sala e a capacitação dos professores. A lista pode ser conferida aqui (arquivo de excel), enquanto que mais informações são encontradas no site do Irish Concil for Internacional Students.

O intercambista que já esteja matriculado em uma escola retirada da lista na nova atualização poderá completar o curso, mas o governo adianta que é primordial para os que se programam para um período na Irlanda checar as escolas antes de escolher o destino. A próxima atualização está marcada para 23 de agosto.

Embora a listagem não defina a escolas por qualidades, alguns requisitos fazem com que seja razoável entender que qualquer uma delas na lista tem nível suficiente para receber alunos. Isso porque, entre as exigências, está o fato de não possuir mais do que 15 estudantes por sala de aula, comprovar a qualificação de seus professores e ainda se adequar ao Learner Protection, programa que garante que todas as taxas pagas por estudantes sejam protegidas e garantidas pelas próprias escolas.

Além disso, a monitoração de frequência dos alunos será aumentada pelo governo, que exige mínimo de 85%. A partir de agora, não apenas os estudantes serão responsabilizados, mas também a escola. O mesmo vale para as horas de trabalho, sendo 20 horas semanais durante o período de aula e 40 horas no período de “férias escolares”. O estudante que for pego excedendo o número de horas corre risco de deportação.

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Governo Irlandês muda exigência para comprovar renda

Grande notícia para quem pretende fazer intercâmbio na Irlanda nos próximos meses: o governo irlandês anunciou mudanças na forma de comprovação de renda para estudantes. O novo sistema vai deixar a situação mais fácil e evitar problemas burocráticos.

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