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Por que as placas em Cork estão sendo vandalizadas?

Quem mora em Cork ou teve a chance de passar por lá nos últimos dias pode ter notado um curioso aspecto pelas ruas centrais: parte das placas está vandalizada, pintada de preto em algum trecho especifico. Por que isso vem acontecendo? Trata-se de um ato de protesto ligado à influência britânica sobre a República da Irlanda e ao passado conturbado na relação com sua ex-colonizadora.

Todas as placas vandalizadas contém nome de monarcas britânicos ou personalidades ligadas à coroa do Reino Unido. São esses nomes que terminam pintados, ação encabeçada pelo ativista político Diarmaid Ó Cadhla, também entusiasta da tradição gaélica e de sua linguagem, que hoje é ensinada em todas as escolas irlandesas, mas pouco falada no dia-a-dia.cork_pixação2

Por cerca de 700 anos, a Inglaterra se prestou a dominar e subjugar a Irlanda, em meio a guerras e insurreições ao longo dos séculos. Em 2016, irlandeses se reuniram para comemorar o centenário do Levante de Páscoa de 2016 (“Easter Rising”, como eles chamam), que marcou a insurreição que levou à Guerra de Independência e, mais tarde, à efetiva independência do Reino Unido.

É uma época de ânimos exaltados no relacionamento entre as partes, que nunca esteve tão bom, inclusive – especialmente no campo econômico. Em Cork, a campanha é para tirar o nome de figuras britânicas das ruas. A prefeitura já avisou que a nomeação das vias é um processo complexo e que não tem poder de influir. Se você estiver andando nos arredores da histórica Shandon Church, vai notar as pixações. Aproveite para visitar um dos prédios mais velhos da cidade, subir no mirante, enxergar Cork inteira e ainda tocar os sinos, uma tradição que atrai turistas de todas as partes do país.

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Fonte: Evening Echo

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Os bairros mais baratos – e caros – de Londres

Com quase nove milhões de habitantes, Londres, como se sabe, é uma cidade gigantesca, embora seja excepcionalmente conectada por 400 km de linhas de metrô interligados em 270 estações e 16 linhas. E como em qualquer cidade, há áreas extremamente valorizadas e outras menos. Para definir as médias, foi criado um índice especial.

A atualização do Right Move’s House Price Index acabou de ser publicada, uma lista que mostra, bairro a bairro, o valor médio para adquirir um imóvel na cidade. Por estar ligada ao comércio de residências, não inclui o valor médio do aluguel, mas trata-se de um indicador confiável para saber onde é mais caro ou não.

No topo da lista aparecem os bairros Kensington e Chelsea, ambos colados e próximos à região central, na área do Hyde Park e às margens do Rio Tâmisa. O valor por um imóvel é, na média, de £2,4 milhões, ou R$ 9,5 milhões. O mais barato são Barking, subúrbio próximo ao City of London Airport, e Dagenham, área ainda mais afastada do centro, com £298mil (R$ 1,1 milhão).

Veja a lista dos mais caros e baratos:

Bairros mais caros
1) Kensington e Chelsea: £2.485. 483
2) City of Westminster: £1.992.328
3) Camden: £1.118.218
4) Hammersmith e Fulham: £948.671
5) Richmond Upon Thames: £864.137

Mais baratos
1) Barking and Dagenham: £298.255
2) Bexley: £370.291
3) Havering: £391.186
4) Croydon: £423.347
5) Newham: £426.971

Você pode conferir o relatório completo aqui.

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Oxford aparece em lista dos lugares mais interessantes

Sim, Oxford é um dos lugares mais legais do Reino Unido e da Europa ao todo. Uma pesquisa intitulada Hip Hangout Neighbourhood Index classificou o bairro de Jericho como um dos locais com mais “hype” – ou seja, apreciado por sua originalidade, por se destacar apesar de não ser famoso, uma “hidden gem”, como irlandeses e britânicos gostam de dizer.

Jericho aparece na 11ª colocação sob a explicação de ser um bairro com comércio independente e original – o que não compreende grandes marcas, sendo mais local, por exemplo -, com restaurantes ecléticos e uma vibrante cena cultural, especialmente no que diz respeito a atrações musicais.

Oxford só não conseguiu mais pontos na pesquisa e uma colocação melhor porque não tem grande potencial turístico, o que, na visão “hipster” é na verdade algo bom: um local genuinamente bacana, original, extremamente autêntico.

Para constar, Kreuzberg, em Berlim, é o primeiro da lista, que inclui apenas locais na Europa.

Fonte: Oxford Times

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Os pubs de Liverpool

Se você está em Liverpool ou programa uma temporada pela cidade dos Beatles, já sabe que – como o blog já mostrou – a banda domina boa parte do roteiro turístico. Então talvez seja bom ir um pouco além e a experimentar alguns locais um pouco mais “locais”. Um bom termômetro para saber onde os moradores da cidade mais vão são as redes sociais.

Assim como ocorreu com Londres (veja aqui), é possível saber quais são os pubs locais mais marcados no Instagram. Liverpool, assim como o todo Reino Unido, tem nos pubs uma grande tradição local. A cidade é inclusive muito habitada por imigrantes irlandeses – faz sentido, já que está localizada na costa oeste da ilha britânica, de frente para a ilha irlandesa.

Veja os cinco pubs que mais aparecem no instagram:

1. Heebie Jeebies, Seel Street – 11.813 posts


2. Kabinett , Myrtle Street – 4.169 posts

A photo posted by Jen McHugh (@jenmchugh1987) on


3. The Dispensary, Renshaw Street – 3.381 posts


4. The Belvedere, Sugnall Street – 2.233 posts


5. Brooklyn Mixer, Seel Street – 2.097 posts

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Como Londres aparece no Instagram

Fabricante de peças para carros, a britânica Witter Towbars conseguiu a façanha de mensurar os locais de Londres que mais aparecem no Instagram. Uma das cidades mais turísticas do mundo, a capital inglesa tem locais de sobra para servir de cenário – seu lado boêmio, moderno, vitoriano, vida norturna, tem de tudo. É natural que seja muito retratada nas redes sociais.

Eis os grandes destaques, segundo a empresa:

Big Ben
Naturalmente, a torre do prédio que abriga o Parlamento inglês é o local mais retratado, com impressionantes 2,01 milhões de marcações no Instagram.

The Lexington
É o pub londrino mais retratado, talvez por ser mais do que um simples pub: é reconhecido também por seu restaurante e por ser um dos principais locais de shows no circuito de pequenas casas em Londres. Com público animado e apresentações relevantes, configura uma noite completa na capital inglesa. Ao todo, reuniu 6,2 mil menções.

Legoland
É o parque temático mais visitado, localizado na verdade em Windsor, ao norte de Londres. Vale a visita se você é fã dos brinquedos que marcaram tantas gerações. Além disso, fica perto do Castelo de Windsor, outra importante atração turística inglesa. Foram 960 mil menções.

The Ledbury
Muito tradicional – aparece na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo, no 14º lugar -, é o restaurante mais citado, com 4,7 mil marcações. Fica localizado em Notting Hill, local foco do filme “Um lugar chamado Notting Hill” e, também por isso, área de grande turismo.

Mais da meta dos 50 lugares ingleses que mais aparecem no Instagram estão presentes em Londres, ainda com destaques como o Palácio de Buckingham (496 mil), o Tate Modern Museum (334 mil) e a Torre de Londres (269 mil) também muito apreciados pelos instagrammers do mundo todo.

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Irlanda tem recorde de emissão de passaportes em 2016

O governo de República da Irlanda emitiu, em 2016, um número recorde de mais de 700 mil passaportes, de acordo com dados do governo divulgados pela imprensa local. O crescimento é um dos efeitos do Brexit – a decisão por voto popular tomada pelo Reino Unido de deixar a União Europeia nos próximos dois anos.

Segundo as estatísticas, o número de britânicos que requereram o documento de viagem irlandês cresceu 42%. É importante salientar que a população irlandesa ou de origem irlandesa vivendo no Reino Unido é enorme, e até então sequer era necessário passaporte para viajar entre os países.

Mesmo os norte-irlandeses passaram a se interessar mais pelo passaporte do restante da ilha, livre do domínio britânico: a emissão de passaportes cresceu 27% em relação aos dados de 2015. Com o documento irlandês, os cidadãos ou residentes britânicos poderão manter o livre trânsito nos países pertencentes à União Europeia uma vez que o Brexit se consolidar.

A decisão tomada pelo Reino Unido de deixar a União Europeia é um marco na história mundial e tem relação, entre outros aspectos, com a proteção de suas fronteiras, a questão de imigrantes e o terrorismo. Por isso, estima-se que, uma vez que consolidada a posição independente em relação ao restante do bloco, será mais difícil entrar ou sair do país.

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Cidade em Cork é escolhida a melhor da Irlanda e Reino Unido

Uma cidade do condado de Cork foi eleita a melhor entre todas localizadas na Irlanda e no Reino Unido. Clonakilty, com seus quase 5 mil habitantes localizada a 50 km da capital do condado, venceu duas representantes britânicas na eleição realizada pelo Academia de Urbanismo, instituição dedicada à pesquisa e ao desenvolvimento do tema, localizada em Londres.

Clonakilty foi premiada pela “qualidade do centro da cidade e a localização próxima ao mar, com praias lindas, o que a torna um local atrativo para viver, para fazer negócios e para visitar. Clonakilty é um bom exemplo desses três elementos combinados de uma forma sustentável, que celebram a distinção local, tradição, empreendedorismo e uma forte noção de orgulho local”, de acordo com o órgão.

 

Outro destaque irlandês entre as categorias foi Waterford, com seu Viking Triangle (Triângulo Viking) eleito com o prêmio de “melhor lugar”. Trata-se de uma área que continha um assentamento viking protegido por muralhas extremamente antigas. Algumas das estruturas ainda permanecem de pé, e o local agora abriga outros prédios históricos, além de museus.

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A premiação ainda consagrou Copenhagen, na Dinamarca, como “a cidade europeia do ano”, vencendo Montpellier (França) e Enidhoven (Holanda) na votação, que é feita por um júri técnico composto por membros da academia, que visita cada uma das finalistas antes de tomar a decisão.

Fonte: The Academy of Urbanism

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Série no Netflix mostra momento histórico irlandês

Em tempos de Brexit e ainda em comemoração ao centenário do Easter Rising irlandês, há uma série no Netflix que pode ajudar você a entender melhor como essa nação se formou, após o rompimento com o governo britânico, seguido por uma guerra de independência e, ainda, uma guerra civil. Trata-se da série Rebellion, produzida pelo canal irlandês RTE e agora disponível para streaming no aplicativo.

A série dramatiza a vida de famílias que acabaram divididas entre o apoio ao governo britânico e aos rebeldes, que queriam a libertação irlandesa junto ao Reino Unido em 1916. O levante foi programado de forma secreta e levado a cabo no feriado da Páscoa. De forma resumida, a tentativa foi frustrada, a maior parte dos líderes foi sumariamente executada e o governo britânico impôs sanções que, mais tarde, levariam a um grande ressentimento por parte da população na Irlanda.

Por ter sido produzida em um período em que informações sobre o Levante são divulgadas e reestudadas semanalmente no país, gerou uma série de críticas na Irlanda por não ser muito acurada historicamente. Trata-se de um drama, que escolhe personagens fictícios em detrimento dos verdadeiros protagonistas – uma decisão considerada acertada, sob o risco de gerar grande polêmica ao retratar pessoas que são consideradas heróis nacionais.

De qualquer maneira, em Rebellion você vai ter um gosto do que era Dublin em 1916, a sociedade em que se criou o ambiente para desafiar o poderoso Reino Unido e vai até ouvir um pouco do irlandês (ou gaélico), língua original da ilha e que é falada fluentemente em alguns momentos.

Eis o trailer (sem legendas)

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Liverpool, a cidade dos Beatles

Pensar em visitar a cidade de Liverpool, no norte da Inglaterra, é pensar na história de uma das maiores bandas da história da humanidade: os Beatles. Mais do que casa do quarteto inglês, a cidade é agora um grande museu, contando com atrações especiais para os fãs, além de locais relacionados a alguns dos maiores sucessos gravados.

beatlesbusPara quem decide ter essa experiência, uma boa opção é pagar pelo Magical Mistery Tour, um ônibus que, ao longo de duas horas, leva os passageiros aos locais onde os membros da banda nasceram, cresceram, e onde John Lennon e Paul McCartney se conheceram. Além disso, passa pela Penny Lane, que inspirou a música homônima, e o orfanato Strawberry Field, tema da música Strawberry Fields Forever.

The Cavern Club is a rock and roll club at 10 Mathew Street, Liverpool, England, where Brian Epstein was introduced to the Beatles on 9 November 1961. The club opened on January 16, 1957. From: http://en.wikipedia.org/wiki/Cavern_Club

O tour é uma boa opção porque muitos dos locais estão localizados nos subúrbios e são distantes um dos outros. Outra parada obrigatória em Liverpool é o Cavern Club, que fica localizado próximo à estação central local e ao Rio Mersey. Trata-se do local onde os Beatles primeiro se apresentaram – na verdade, o quarteto tocou no local mais de 300 vezes, o que criou uma mística especial.

imagine_roomA dez minutos de distância do Cavern Club, bem às margens do rio, em Albert Docks, está o museu oficial dos Beatles, chamado The Beatles Story, com documentação ampla sobre a história da banda – incluindo o piano branco do clipe de Imagine, usado por John Lennon. Se você é fã da banda, vale a pena separar um ou dois dias para se aventurar e seguir os rastros das músicas do Fab Four.

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Empresa corta expectativa para Irlanda pós-Brexit

As expectativas de crescimento econômico da Irlanda, que agora vê sua economia dar bons sinais depois da grave crise de 2008, foram reduzidas após o anúncio da saída do Reino Unido junto à União Europeia. O aviso foi dado pela Cantor Fitzgerald, uma das principais empresas americanas no mercado de ações mundial. De acordo com a previsão atualizada, a expensão do PIB irlandês em 2016, antes esperada para ser de 4,4%, agora deverá ser de 3,8%.

A mudança reforça a ideia de que o Brexit – maneira como foi chamado o processo de votação pelo qual o Reino Unido decidiu por sua saída da União Europeia – foi mais maléfico para a Irlanda do que benéfico. O assunto é sensível porque o país é agora o único a ter fronteira por terra com os britânicos: a Irlanda do Norte, em uma relação historicamente tensa. Os desdobramentos políticos e econômicos do Brexit ainda são uma incógnita, mas as previsões continuam ruins.

Para o próximo ano, por exemplo, a expectativa era de ver o PIB irlandês crescer 3,8%. Pós-Brexit, no entanto, a marca é esperada para ser de apenas 2,4%. O blog vem mostrando como essa reviravolta política e econômica pode afetar a Irlanda, país que é destino de muitos intercambistas e estudantes brasileiros – inclusive a questão da fronteira com a Irlanda do Norte.

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