artista de rua

Preste atenção nos músicos de rua

Você vai encontrá-los por toda a Irlanda, faça chuva ou faça sol. Algumas vezes, plugam seus amplificadores nos pontos de energia providos pelo governo local. Em outras, fazem tudo de forma acústica mesmo, com a força da voz e a caixa acústica do violão. Podem aparecer sozinhos, em dupla, em banda ou até em orquestra completa. Vão do violão ao bodhran, típico instrumento irlandês. São os “buskers”, os músicos de rua.

Em Dublin, eles se concentram na região turística de Temple Bar e na famosa Grafton Street, no calçadão e em meio às suas lojas chiques. É a única cidade onde são regulados de forma estrita, com horários específicos para atuar e uma série de restrições, o que acaba por filtrar e deixar apenas os melhores artistas, aqueles que não repetem ou erram as músicas, algo que estava deixando os locais loucos.

Em Cork, aparecem na principal St. Patrick’s Street, na boêmia Oliver Plunkett e no parque localizado na Grand Parade, garantindo a after party quando todos os pubs e baladas fecham ao mesmo tempo, lá pelas 2h30. Em Galway, eles estão literalmente por toda a parte, e é impressionante a comunhão que construíram com a comunidade local, que os apoia e admira.

Agora, eles devem ganhar ainda mais incentivos, já que o Music Network, organização que cuida do Music Capital Scheme, a administração dos buskers, por assim dizer, vai investir €210 mil em instrumentos para músicos profissionais e amadores. Desde 2008, já foram beneficiados mais de 30 mil pessoas, entre músicos, grupos e organizações.

Por isso, preste atenção aos buskers. Muitos deles são estrangeiros como você, com histórias interessantes e dependendo de sua própria arte para sobreviver. Alguns tocam para fazer propaganda antes de alguma gig em qualquer pub da região. Vale a pena prestar atenção.

Fonte: Lovin.ie

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Dublin age contra artistas de rua repetitivos

“Busking” é o termo em inglês usado para músicos que tocam na rua em troca de dinheiro, uma cena extremamente comum na Irlanda, principalmente em Dublin, com seu potencial turístico. A atividade é levada tão a sério que a prefeitura da cidade precisou tomar ações contra problemas causados pelos artistas de rua, criando uma verdade crise.

O intercambista ou turista já teve ter passado pela situação de topar com algum músico talentoso executando sua peça munido de pedestal, amplificador e outros adereços. Para o turista, nada incomoda porque sua estadia no local é breve. Mas para comerciantes e moradores, os artistas de rua de Dublin viraram um problema por conta do volume do som e do incômodo causado pelo fato de tocarem repetidamente as mesmas três ou quatro canções.

A prefeitura de Dublin, então, optou por proibir o uso de “backing tracks” – as faixas instrumentais usadas como base para que muitos artistas cantem ou toquem seus instrumentos. O objetivo é diminuir, assim, o uso de amplificadores e limitar os “buskers” aos que de fato executem varias canções. Isso causou muita reclamação, já que diversos artistas dependem das tais backing tracks – pessoas que tocam, por exemplo, violino, saxofone, bandolim, com números ensaiados e dependentes da ajuda tecnológica.

Dublin já havia criado restrições para os buskers, tais como limite de duas horas de apresentação em um mesmo local e horário máximo para atuação. Mesmo assim, em 2015, o conselho municipal recebeu mais de 700 reclamações. As novas regras agora exigem que os músicos apresentem pelo menos 30 minutos de repertório sem repetição. Há dúvidas sobre como a fiscalização será feita, no entanto.

Temple Bar, a área boêmia na região central de Dublin, é um dos focos do problema. A esperança é de que as mudanças acabem por selecionar os mais talentosos e aptos a continuar se apresentando pelas ruas da capital irlandesa.

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